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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Travestis

Por Sheila Pereira



Quando comecei fazer esse blog, pensei em contar histórias do dia a dia, do cotidiano das pessoas. Fatos que estão ao nosso lado e ao menos percebemos ou não damos importância. E quando percebemos, olhamos distantes. Estou fazendo a produção de uma série de reportagem sobre as travestis em Salvador. Elas estão sempre nos salão de beleza, clínica de estética ou oficina de corte e costura, mas o que mais se ver são as travestis na prostituição. Pretendo contar histórias de algumas travestis que enfrentaram preconceito, mas que todos os dias tentam conquistar seu espaço na sociedade. Pretendo mostrar os pontos de encontro com os clientes, onde e como vivem essas travestis. O objetivo do trabalho é mostrar que elas desempenham diferentes atividades profissionais desvinculadas da prostituição e, desta forma, lutam pela sobrevivência. A realização dessa série documentária visa desconstruir a imagem estereotipada do travesti como objeto sexual e contribuir para desmistificar o preconceito. Vou contar um pouco dessas histórias, vou mergulhar fundo nesse mundo. Percorrer ruas e bordéis e conversar para descobrir um pouco mais sobre o que está além do Centro do sexo. Realmente, “tem que ser é muito macho para sair às ruas e se assumir” diz Keila Simpson presidente das travestis da Bahia. Vocês vão ver na telinha da Record. Aguardem!!!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Entendendo coisas difíceis



Rosangela Barreto

Veja se tem sentido isso. Existem certos sentimentos que não queria experimentar novamente. O coração pode ficar dilacerado, ferido e o difícil é fazer sarar...
Sarar a dor, o choro, o pranto. Mas, existem sentimentos que não podemos deixar de ter, queria poder fechar as entradas do meu coração, por que as pessoas entram e não conseguimos tirá-las mais. Queria poder entender as tantas coisas difíceis de esquecer de acreditar e até mesmo suportar... Mas, porque o que faço não aprovo, pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço? Sou mulher que tenta resistir o tempo todo as ciladas das vontades do querer e não querer.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Superação Natural


Por Sheila Pereira



Interessante. Uma grande amiga me fez lembrar de Piaf. Quando assisti ao filme de Edith Giovanna Gassion ou simplesmente Edith Piaf, um dos maiores ícones da canção francesa, a minha primeira sensação foi frustração. É chocante como uma pessoa pode se auto destruir. Uma voz reverenciada por tantos eternos, como Charles Chaplin, destruir seus sonhos e privar outras pessoas de sonhar ao som – vivo - de Piaf. Tudo bem, sei que ela não teve uma infância maravilhosa, era rodeada de problemas. Foi abandonada pela mãe e seu pai levou para ser criada pela avó paterna em um bordel. Passou por sérios problemas de saúde durante a infância. Aos 8 anos, perdeu temporariamente a visão por conta de uma ceratite e também sofria de raquitismo. Infelizmente Piaf, apesar da genialidade e do sucesso que ela obteve ao cantar, esqueceu que foi divinamente iluminada com uma voz sobrenatural. Ela preferiu destruir a vida com o álcool e com as drogas. Morreu prematura aos 48 anos. Todos nós sabemos que o sucesso profissional não traz felicidade. Mas, tem uma coisa interessante que trouxe uma reflexão: histórias de superação nem sempre tem um final feliz. Ela tinha uma superação natural o talento, que não superou a vida, preferindo a morte. Então assistam o filme “Piaf – Um Hino ao Amor”. Uma obra de arte, claro, mas triste.


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Domingão




Por Soul Sócrates Santana


O barulho dos ônibus. Uma calmaria de domingo. Em casa descanso o tédio de uma manhã inteira, uma tarde inteira. Aguardo uma noite que chega sem vontade, como se estivesse fazendo hora, deixando o tempo passar. Desligo a tevê e resolvo olhar pela janela. “O velho recurso da janela”, penso comigo mesmo ao escrever este trecho. É só citar a metáfora da janela que logo vem às coisas do mundo, o detalhe esquecido na tevê. A luminária da esquina ganha uma coloração amarelada, as calçadas uma ausência sentida, as árvores um vendaval usual, meu saco uma coçada mais preguiçosa. Tudo faz sentido e também possui um significado. Um domingo qualquer. Apesar da internet, que não funciona. Apesar do telefone, que não atendo. Apesar da tevê, que não me escuta. É domingo. Um dia criado para ser o primeiro, porque, começar é sempre mais difícil. Afinal de contas, no domingo a gente cura o porre de sábado, sem deixar de guardar um pedacinho para tirar um cochilo a mais, pois, ninguém é de ferro e a segunda-feira vem aí, batendo na porta. “Parem as máquinas”, teriam dito meus instintos fabris. De pouco importa. Durmo até tarde (metade da manhã), escovo os dentes, faço uma vitamina e volto para a cama. Acordo às três, remexo a despensa, frito uns ovos, bacon, macarrão, coca-cola, ligo a tevê, troco de canal, ouço o comentário carregado de sotaque do Neto, torço pelo Esporte Clube Bahia, mas, fico por dentro da escalação do Flamengo, Vasco, Palmeiras e, principalmente, do Corinthians, time do Neto. Todo mundo sabe, menos eu e toda a torcida do Baêa. A gente não fica por dentro de nada. Às vezes, tenho a impressão, de que o domingo em Salvador, ainda é mais domingo que nas demais capitais. Fora o futebol, e nós estamos de fora dele, domingo em Salvador é o tempo inteiro, porque, o único lazer que ainda temos é a praia. E só tem praia, leia-se sol, porque praia sem sol é como água no chope, entre outubro e fevereiro. E olhe lá. A prefeitura arrumou um jeito de esbagaçar com tudo e não restou uma única barraca para servir um chope, mesmo com água. Por fim, o que eu quero dizer é que hoje é domingo, estou eu aqui, sentado, neste domingo, escrevendo neste domingo, porque, eu não tenho mais o que fazer. Mas, não poderia ser de outro jeito. Afinal, se fosse de outro jeito, não seria domingo e eu teria mais o que fazer.

sábado, 4 de setembro de 2010

Travesti - Centro do Sexo



Por Sheila Pereira


Quando comecei fazer esse blog, pensei em contar histórias do dia a dia, do cotidiano das pessoas. Fatos que estão ao nosso lado e ao menos percebemos ou não damos importância. E quando percebemos, olhamos distantes. Estou fazendo a produção de uma série de reportagem sobre as travestis em Salvador. Elas estão sempre nos salão de beleza, clínica de estética ou oficina de corte e costura, mas o que mais se ver são as travestis na prostituição. Pretendo contar histórias de algumas travestis que enfrentaram preconceito, mas que todos os dias tentam conquistar seu espaço na sociedade. Pretendo mostrar os pontos de encontro com os clientes, onde e como vivem essas travestis. O objetivo do trabalho é mostrar que elas desempenham diferentes atividades profissionais desvinculadas da prostituição e, desta forma, lutam pela sobrevivência. A realização dessa série documentária visa desconstruir a imagem estereotipada do travesti como objeto sexual e contribuir para desmistificar o preconceito. Vou contar um pouco dessas histórias, vou mergulhar fundo nesse mundo. Percorrer ruas e bordéis e conversar para descobrir um pouco mais sobre o que está além do Centro do sexo. Realmente, “tem que ser é muito macho para sair às ruas e se assumir” diz Keila Simpson presidente das travestis da Bahia. Vocês vão ver na telinha da Record. Aguardem!!!